INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL
Jaci Elisia De Sousa Nunes
Profª Celi Terezinha Wolff
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Pedagogia (NFD 0081) Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
12/04/08
RESUMO
A declaração universal dos direitos da criança estabelece que todas, devem ter condições de um desenvolvimento integral, sendo lavados em consideração os melhores interesses das crianças. Na sociedade atual a criança de escolas com a intenção de socialização está vinculada à construção social da infância. As leis referentes à educação das crianças de 0 a 6 anos da Constituição Brasileira atual pode ser considerado o princípio para sua construção. Aos poucos a infância vai se tornando uma categoria social com um estatuto próprio, abrindo espaço para a institucionalização da infância, como uma questão da modernidade. Ainda falando da socialização das crianças Esse conceito pode ser abordado tanto a partir da sociedade e dos agentes socializadores, tais como a educação infantil.
Palavras-chave: Criança; Educação; Sociedade.
1 INTRODUÇÃO
A declaração universal dos direitos da criança estabelece que todas, devem ter condições de um desenvolvimento integral, sendo lavados em consideração os melhores interesses da criança.
Decidimos um currículo, uma metodologia, um modo de agir, baseados em nossos pensamentos e conclusões sobre a criança. Nestas poucas linhas que se segue é feito uma abordagem, ainda que superficial sobre propostas para a educação infantil.
A partir de estudos tem-se percebido a criança como um sujeito histórico-social, mas ainda estamos longe de ter uma prática que veja as crianças como realmente capazes de participar desse processo não como seres ativos, mas como pessoas atuantes, são abordagens que mostram a necessidade de sairmos dos discursos sobre a infância e passarmos a uma investigação da situação da infância.
2 O PAPEL DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Na sociedade atual a criança de escolas com a intenção de socialização está vinculada à construção social da infância.
Hoje há um consenso de que os primeiros anos de vida da criança são fundamentais para o seu desenvolvimento. No entanto, isso não pode ser levado em conta buscando apenas a possibilidade de a criança ser bem sucedida no futuro, mas, buscando oferecer espaços onde possa viver sua vida de hoje, de maneira plena. Reforçando essa idéia afirma Áries (1981, p.187):
A educação infantil surge como um direito da criança e dever do estado em complementação à ação da família. Entendendo a educação infantil como direito da criança e dever do estado, é preciso levar em conta a necessidade de que esse direito seja contemplado através de uma educação de qualidade.
Vivemos um tempo de conquistas, para a educação infantil que busca ser democrática e de qualidade para todas as crianças. As leis referentes à educação das crianças de 0 a 6 anos da Constituição Brasileira atual pode ser considerado o princípio para sua construção. Antes de 1988, as políticas públicas para a infância no Brasil são marcadas principalmente pela idéia de amparo e de assistência.
Uma escola de qualidade leva em consideração a criança enquanto sujeito de direitos, que tem uma história a ser contada e que pode olhar de forma crítica o presente, com um olhar infantil, e a partir disso inventar um futuro melhor, diferente.
Além disso, tem a formação do profissional em educação infantil. Não deve ser uma imposição, mas um direito da criança de ter um professor que tenha acesso à cultura e ao conhecimento como um direito seu também sobre isso Freitas (1995, p.58):
Um professor que se coloca no ponto de vista da criança, aprende com ela a dar um novo sentido ao mundo que a cerca, entende as crianças enquanto cidadãs, pessoas capazes de produzirem cultura à medida que se apropriam de si mesmas e da própria cultura. Creio que esta seria uma escola que entenderia aos reais interesses das crianças, porque levaria em conta o seu ponto de vista.
Embora as crianças existam em todas as sociedades, e tenham sido objetos de estudos em diferentes épocas, a socialização das crianças como um conceito a ser levado em conta, é algo recente. Aos poucos a infância vai se tornando uma categoria social com um estatuto próprio, abrindo espaço para a institucionalização da infância, como uma questão da modernidade.
Ainda falando da socialização das crianças. Entende-se que é um processo através do qual os indivíduos aprendem, elaboram e assumem normas e valores da sociedade em que vivem, mediante a interação com o seu meio mais próximo. Esse conceito pode ser abordado tanto a partir da sociedade e dos agentes socializadores, tais como a educação infantil.
Assim, não são os indivíduos que formam a sociedade e nem a sociedade que molda os indivíduos, mas a interação dos elementos sociais. Reconhecer a criança como parte ativa desse processo e entender as implicações desse reconhecimento é o que começa a ser considerado como um campo de estudo, ultrapassando assim os limites tradicionais de investigação da infância que se restringiam aos campos médico da psicologia do desenvolvimento ou da pedagogia.
3 CONCLUSÃO
Deve-se perceber nesta abordagem que mesmo coma consciência de que a imagem da criança enquanto sujeito ativo no mundo, que interage no meio se formando e transformando, é preciso reconhecer que, para chegarmos a essa visibilidade sobre a infância, há um longo caminho que se deve ser trilhado. É possível perceber que é apartir das ações dos adultos que as crianças podem alcançar os valores éticos e morais da sociedade, e uma dessas ações pode ser a de abrir um espaço para se ouvir a criança.
4 REFERÊNCIAS
ARIÉS, Philipe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1981.
FREITAS, Luis C. Teoria Pedagógica: Limites e Possibilidades. São Paulo: Ed. F.D.E., 1995.